terça-feira, 22 de julho de 2008

Antidoping consegue pegar medicamento supermoderno no Tour de France


Até aí, nada de novo, pois essa prova tem se mostrado tão conhecida pelo número de atletas flagrados usando substâncias proibidas como por sua tradição.

A novidade ainda não confirmada pela Agência Mundial de Antidoping (WADA) é o fato de que o italiano Riccardo Ricco e os espanhóis Manuel Beltran e Moises Duran estavam usando um medicamento novo para aumentar sua perfomance.

A droga em questão seria a CERA (nome comercial, Micera) uma forma sintética do hormônio Eritropoietina (EPO), proibida pelas autoridades esportivas.

a caçada do gato contra o rato do doping, dessa vez o gato parece ter levado a melhor. Três ciclistas foram pegos pelo teste antidoping no Tour de France deste ano.

O medicamento foi aprovado há um ano na Europa e pouco mais de seis meses nos Estados Unidos. Apesar de sua aprovação, a venda nos EUA está dependendo de uma disputa judicial envolvendo a multinacional Roche e uma agência de pesquisa.

O hormônio eritropoeitina estimula a produção de hemácias, aumentando o transporte de oxigênio para as células. A aplicação médica mais comum do EPO é nos pacientes com doenca renal crônica que apresentam anemia de difícil controle.

Tão logo o laboratório anunciou o lançamento da droga, a WADA se apressou em anunciar sua proibição como substância capaz de aumentar a perfomance dos atletas.

A surpresa não está no fato de que atletas do Tour de France tentem aumentar sua resistência usando o hormônio EPO. A prova ciclística dura quase um mês e os participantes percorrem quase 2 mil quilômetros subindo e descendo os Alpes e os Pirineus.

O que está movimentando os bastidores da corrida é o fato de que, pela primeira vez, as autoridades antidoping tenham desenvolvido um teste de identificação simultaneamente ao desenvolvimento de uma novo medicamento.

Embora a Agência de Controle Antidoping não confirme que exista um teste válido para a detecção do novo medicamento, esse poderá ser o dia em que o gato estava esperando o rato e não correndo atrás dele.


Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/

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