Pesquisadores Australianos procuraram avaliar se um treinamento de resistência geral estava associado com um aumento na força e na resistência dos músculos inspiratórios.
Seis maratonistas e seis indivíduos sedentários foram mensurados nas seguintes valências: Força dos músculos respiratórios; pressão inspiratória máxima e resistência (limiar progressivo de carga dos músculos inspiratórios).
Eles constataram que a pressão inspiratória máxima foi similar entre esses dois grupos, mas o limiar de pressão máxima foi maior nos maratonistas. Durante o aumento de intensidade (limiar progressivo de carga dos músculos inspiratórios), os maratonistas respiravam em uma freqüência menor, com um volume de ar maior, e tinham tempos de inspiração e expiração mais longos.
Quando a intensidade foi máxima para os dois grupos (com a utilização da escala de Borg), a saturação arterial de 02 foi mais baixa nos maratonistas, sendo que a eficiência dos músculos respiratórios foi similar entre os dois grupos.
Foi concluído então que o aumento aparente na resistência dos músculos respiratórios dos atletas de endurance nada mais é do que uma conseqüência da diferença entre os padrões (ritmos) de respiração adotados por cada indivíduo conforme a intensidade do exercício aumenta, ao invés de uma maior força ou eficiência dos músculos respiratórios.
Portanto, isso implica que o mecanismo sensório - e não o condicionamento dos músculos respiratórios - se mostra um mecanismo importante pelo qual a resistência geral é melhorada.
Fonte: Respirology. 2001 Jun;6(2):95-104.
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