A doença de Chagas permanece um grave problema de saúda pública na América Latina.
Dados da OMS estimam em
Nesta cardiopatia o grau de acometimento cardíaco é bastante variável, e uma parcela significativa dos pacientes pode evoluir para insuficiência cardíaca (ICC).
Recentemente uma nova classificação da ICC, baseada em estágios, foi proposta pela Associação Americana do coração (AHA) e pelo Colégio Americano de Cardiologia (ACC), e tem recebido grande aceitação.
Nesta classificação, são incluídos nos estágios:
Estágio A os pacientes com fatores de risco para ICC (ex: hipertensão arterial, diabetes mellitus, doença coronariana, abuso de álcool, história familiar de cardiomiopatia), mas ainda sem evidências de cardiopatia estrutural e sem sinais clínicos de ICC;
Estágio B, os pacientes que já desenvolveram cardiopatia estrutural (ex: hipertrofia ou dilatação de Ventrículo Esquerdo, disfunção contrátil de qualquer grau, infarto do miocárdio prévio), mas ainda sem sinais de ICC;
Estágio C, incluídos os pacientes com cardiopatia estrutural que apresentam ou já apresentaram sinais ou sintomas de insuficiência cardíaca;
Estágio D, os pacientes com insuficiência cardíaca avançada, que permanecem muito sintomáticos apesar da medicação e que requerem intervenções especializadas.
A doença de Chagas, excluída da classificação original da ACC/AHA, ainda carece de uma classificação moderna, com implicações prognósticas e terapêuticas, que possa ser aceita e utilizada por todos.
Pelas características de sua história natural, a doença de Chagas pode ser um bom modelo para aplicação da nova classificação de ICC.
Fonte:
ACC / AHA Guidelines for the evaluation and management of cronic heart failure in the adult. 2001
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