Definição
A Osteoporose é um distúrbio osteometabólico caracterizado pela diminuição da densidade mineral óssea, com deterioração da microarquitetura óssea, levando a um aumento da fragilidade esquelética e do risco de fraturas.
A partir de 1994, a OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou a osteoporose em mulheres da raça branca na pós-menopausa, considerando os valores de densidade óssea, conforme referido em diagnóstico a seguir.
As principais manifestações clínicas da osteoporose são as fraturas, sendo as mais freqüentes as de vértebras, fêmur e antebraço.
Estas têm grande importância na sociedade brasileira considerando o seu envelhecimento progressivo com graves conseqüências físicas, financeiras e psicossociais, afetando o indivíduo, a família e a comunidade.
Atinge homens e mulheres com predominância no sexo feminino com deficiência estrogênica e indivíduos idosos.
Epidemiologia
A prevalência de osteoporose e incidência de fraturas variam de acordo com o sexo e a raça. As mulheres brancas na pós-menopausa apresentam maior incidência de fraturas.
A partir dos 50 anos, 30% das mulheres e 13% dos homens poderão sofrer algum tipo de fratura por osteoporose ao longo da vida.
Estudos realizados no Brasil evidenciam incidência similar, especialmente na população branca; porém, deve-se considerar a grande miscigenação da população brasileira tendo em vista a menor incidência de fraturas nos indivíduos da raça negra.
Diagnóstico
História Clínica:
É fundamental uma investigação minuciosa dos fatores de risco para osteoporose e para fraturas.
Deve-se considerar a avaliação de mulheres na pós-menopausa que apresentem um ou mais fatores clínicos de risco citados anteriormente, após 65 anos independentemente da presença de fatores de risco, e em homens com fatores de risco para fraturas.
Uma fratura por trauma mínimo ou atraumática em adulto (40 a 45 anos de idade ou mais) é de extrema importância clínica, pois estabelece uma susceptibilidade ímpar para fraturas e prediz, fortemente, o potencial para futuras fraturas.
Os fatores de risco para baixa massa óssea não são sensíveis o suficiente para diagnosticar ou excluir a osteoporose.
Apenas as medidas de densidade mineral óssea podem identificar os pacientes com massa óssea reduzida.
No entanto, a avaliação de fatores de risco clínicos pode ser útil para as seguintes situações:
– identificar mulheres de elevado risco para fraturas;
– aumentar a conscientização sobre osteoporose;
– desenvolver estratégias sociais para a prevenção de fraturas e tratamento da osteoporose.
Relacionam-se, abaixo, os fatores de risco clínicos para osteoporose e fraturas:
Fatores Maiores:
– sexo feminino;
– baixa massa óssea ;
– fratura prévia;
– raça asiática ou caucásica;
– idade avançada em ambos os sexos;
– história materna de fratura do colo femoral e/ou osteoporose;
– menopausa precoce não tratada (antes dos 40 anos);
– tratamento com corticóides.
Fatores Menores:
– amenorréia primária ou secundária;
– hipogonadismo primário ou secundário em homens;
– perda de peso após os 25 anos ou baixo índice de massa corpórea
(IMC < 19 kg/m2);
– tabagismo;
– alcoolismo;
– sedentarismo;
– tratamento com outras drogas que induzem perda de massa óssea como a heparina, varfarina, anticonvulsivantes (fenobarbital, fenitoína, carbamazepina), lítio e metotrexate;
– imobilização prolongada;
– dieta pobre em cálcio;
– doenças que induzem a perda de massa óssea.
Fonte:
Consenso Brasileiro de Osteoporose – Rev Bras Reumatol – vol.42- nº 6- Nov/dez 20002
quarta-feira, 14 de maio de 2008
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