sábado, 7 de junho de 2008

Hipertensão arterial - consumo excessivo de sal nos alimentos industrializados

Alimentos enlatados, embutidos e molhos em geral contêm alta quantidade de sódio e devem ser evitados, pois podem levar ao aumento da pressão sangüínea.

É preciso conscientizar e alertar a população sobre os riscos da hipertensão arterial, - mais conhecida como o mal da vida moderna e a doença que mais mata no país.

Segundo dados da OMS – Organização Mundial da Saúde – a doença pode atingir aproximadamente 3,5 milhões de crianças e adolescentes no Brasil. A taxa de incidência da hipertensão é de 30% na população brasileira e, como a doença não apresenta sintomas, metade dos hipertensos não sabem que têm o problema.

Atualmente, a hipertensão existe em qualquer idade e atinge 65 em cada 100 idosos, e o seu controle reduz em 40% os riscos de derrame e em 20% o risco de enfarte.

Ela está associada às doenças cérebro-vascular e coronariana - principais causas de morte no Brasil -, com aproximadamente 300 mil óbitos por ano, isto é, a cada dois minutos, ocorre um óbito em função desta doença.

Estudos da OMS revelam, ainda, que a DAC (Doença Arterial Coronária) cresce anualmente devido ao inadequado controle dos principais fatores de riscos cardiovasculares como a hipertensão, diabete e o aumento do colesterol.

E muito importante controlar os fatores de riscos bem como evitar o consumo em excesso de alimentos processados, embutidos e industrializados.

Pessoas que consomem muitos produtos processados (com alto teor de sal) e alguns tipos de fast food, apresentam maior risco de desenvolver hipertensão arterial, pois trocam os alimentos naturais pelos industrializados. E quando se alimentam adequadamente abusam dos saleiros disponíveis nas mesas, o que favorece o aumento da pressão arterial.

Estudos mostram ainda que entre as populações que consomem pouco sal, a pressão arterial não aumenta conforme a idade.

Portanto, fica evidente a necessidade de orientar a população, além de educar continuamente as crianças para consumirem pouco sal desde pequenos.

Atualmente, o sal é consumido numa quantidade duas vezes maior do que o recomendado pelos médicos (4 a 6g) distribuídos por todas as refeições.

Ao contrário disso, consome-se em média, cerca de 12 a 15 gramas por dia, chegando a uma quantidade superior em alguns Estados do Nordeste.

A hipertensão está aumentando progressivamente com a idade, e chega a mais de 50% após os 60 anos, além de aumentar em quatro vezes os riscos de doenças arteriais coronárias quando comparado às mulheres com pressão arterial normal.

Em indivíduos com predisposição genética e estilo de vida inadequado (sedentarismo, dieta hipersódica, hipercalórica e hipergordurosa) a doença se dá mais precocemente e com características de maior resistência ao tratamento.

Havendo um acompanhamento médico e uma dieta adequada pode-se prevenir ou retardar o desenvolvimento da doença.

É importante evitar os alimentos enlatados (ervilhas, massa de tomate, etc), embutidos (salame, salsicha, entre outros), envidrados (palmito, azeitona e molhos em geral), queijos e pães.

Todos estes alimentos contêm sódio (composição do sal de cozinha) e a elevada ingestão dele faz o organismo reter mais líquidos, podendo levar ao aumento da pressão sangüínea e causar a hipertensão - responsável por infarto e acidente vascular cerebral -, além de afetar os rins.

Recomenda-se a utilização do sal somente no preparo dos alimentos, mas com moderação, e retirar os saleiros da mesa. A medida diária de sal fica em torno de 4 a 6 gramas por dia.

Dicas para combater a hipertensão:
• manutenção do peso ideal;
• prática regular de atividade física;
• redução da ingestão de sal;
• evitar a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas;
• seguir dieta saudável que deve conter baixo teor de gordura (principalmente saturadas), baixo teor de colesterol e elevado teor de fibras;
• checar sempre a pressão arterial com um profissional da área de saúde.

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