Modelos se alimentam mal, são sedentárias e, ainda por cima, têm excesso de gordura corporal. Os dados vêm de uma pesquisa do Hospital do Coração de São Paulo, o HCor, com 26 modelos com idades entre 14 e 24 anos que estão desfilando na São Paulo Fashion Week.
O estudo --divulgado ontem durante um café da manhã em que elas aprenderam a comer corretamente-- aponta que a alimentação das jovens é deficiente. Elas consomem, por exemplo, 11 miligramas de ferro diárias, quando o ideal são 18 miligramas, e apenas metade do potássio recomendado por dia, que é de 3,4 gramas.
Os pratos também têm excesso de proteínas: 19% do total calórico, quando o consumo recomendado é de 15%. "As modelos consomem muita proteína e poucas frutas. Por isso, são desnutridas e têm graves problemas intestinais e metabólicos, além de fraquezas e cansaço crônico", afirma o cardiologista e nutrólogo do HCor Daniel Magnoni.
O estudo aponta que apenas 30% das modelos avaliadas fazem exercícios físicos regularmente. "As que não praticam atividade física têm um gasto metabólico menor, além de se alimentarem menos para não engordar", diz Magnoni.
A modelo Marina, 15, se inclui neste grupo. Vida corrida, ela diz que só corre na esteira "quando dá". Também se alimentava mal. "Era uma bagunça, tomava café da manhã e não almoçava, não comia frutas. Agora estou procurando comer de três em três horas e evitar as porcarias [chocolates]", diz ela, 1,68 m e 52 quilos.
Um dado curioso é que metade das meninas pesquisadas tem gordura corporal superior a 20% do total do peso, quando o ideal é que essa taxa varie de 11% a 20%. E todas elas informaram aos médicos peso de menos e altura demais -em média, foram dois quilos a menos e dois centímetros a mais.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u414361.shtml
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