
Predisposição genética, dieta, alterações hormonais e até mesmo privação de sono estão entre as principais causas de uma doença muito mais freqüente em crianças do que se imagina: a enxaqueca.
Essa constatação é de uma pesquisa realizada no Ambulatório de Cefaléia na Infância do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. O autor é o neurologista Marco Antônio Arruda, um dos pioneiros no estudo das cefaléias na infância do País. Em 1999, concluiu sua tese de doutorado, que consiste no levantamento feito com 417 crianças e adolescentes que sofriam de dor de cabeça.
Durante mais de três anos, a partir do acompanhamento de meninos e meninas, com idade entre 6 e 16 anos, que apresentavam queixas recorrentes de dor de cabeça, o especialista constatou que 94% tinham enxaqueca e apenas 1% dos avaliados apresentava problemas visuais, como por exemplo, miopia e astigmatismo.
Essa dor de cabeça, após longos períodos de esforço visual, era vista por professores, pais e até mesmo pelos médicos, como sendo desencadeada por problemas oftalmológicos, quando que na verdade, eles se mostraram raros no ranking de causas.
Mais de 80% dos pais das crianças que foram estudadas na amostra, também apresentavam enxaquecas, mostrando aí o “peso” da hereditariedade.
Devemos observar as crianças em suas atividades diárias: geralmente as crianças param de pular ou correr quando sentem dor de cabeça. “Há indícios de que as crises costumam ser mais breve na infância, com duração de meia hora ou até menos”, descreve Arruda, orientando que o melhor a fazer nesses momentos é colocar a criança para descansar em um lugar bem ventilado, escuro e silencioso.
Se fizermos um paralelo com os sintomas de enxaqueca relatados em postagens anteriores, notaremos semelhanças. Logo, a batalha começa quando os pais tentam identificar a sua real causa, a intensidade e local dessa dor, coisa que para a criança, é de difícil entendimento.
Fonte: Agência USP de Notícias
É Cibelle!
ResponderExcluirMuitas vezes os pais deixam tais sinais passarem despercebidos. Muitos acham que se trata apenas de dores de cabeça passageiras, quando na verdade podem estar se deparando com algo mais sério.