O Índice C é baseado na idéia de que o corpo humano muda do formato de um cilindro para o de um “cone duplo”, com o acúmulo de gordura ao redor da cintura (veja foto ilustrativa).
No início da década de 90, foi proposto o índice de conicidade (índice C) para avaliação da obesidade e distribuição da gordura corporal, considerando que a obesidade central, mais do que a obesidade generalizada, está associada às doenças cardiovasculares, entre elas doença arterial coronariana.
Este índice é determinado com as medidas do peso, da estatura e da circunferência da cintura. É baseado na idéia de que pessoas que acumulam gordura em volta da região central do tronco têm a forma do corpo parecida com um duplo cone, ou seja, dois cones com uma base comum, dispostos um sobre o outro, enquanto aquelas com menor quantidade de gordura na região central teriam a aparência de um cilindro.
Desde a época em que este índice foi proposto, alguns estudos têm sido conduzidos na expectativa de confirmar a possível associação entre o índice C e variáveis consideradas como risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, sobretudo a doença arterial coronariana.
Apesar de existirem algumas controvérsias, o índice C é reconhecido como um bom indicador de obesidade central: a maior limitação para o seu uso como preditor de doenças coronarianas é a inexistência de pontos de corte que possam discriminar alto risco coronariano.
Mais investigações são necessárias para determinar a viabilidade do uso do Índice C para predizer a obesidade abdominal e o risco para a saúde.
O Índice Conicidade tem várias vantagens sobre outras medidas:
Tem uma faixa teórica esperada (1,0 a 1,73).
Compara a circunferência da cintura do indivíduo à circunferência de um cone perfeito com o mesmo volume corporal, portanto fornece uma medida relativa da obesidade abdominal.
Os Índices C dos indivíduos que diferem em peso corporal e altura podem ser comparados.
Não requer a medida da circunferência do quadril. Entretanto, até que normas sejam estabelecidas, o Índice C tem aplicabilidade limitada nos ambientes clínicos.
Fonte: Heyward, V.H., Stolarczyk, LM. Applied Body Composition Assessment. Human Kinetics, 1996.
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