
A mortalidade por infartos, bem como a ocorrência de complicações graves dos infartos, vem caindo nos Estados Unidos.
Essas são as conclusões de uma análise estatística do Estudo de Framingham, que vem acompanhando por mais de quatro décadas quase 10 mil pessoas. A prevenção primária é a principal responsável pela diminuição entre 40% e 50% das mortes por doença cardiovascular de 1968 a 2000.
A descoberta dos fatores de risco e da importância de seu controle são os frutos mais importantes do estudo de Framingham. As campanhas de prevenção e a mobilização das sociedades científicas parecem ter conseguido levar a informação ao público americano.
Outro estudo, publicado na mesma edição da revista "Circulation", mostra a evolução da principal complicação do infartos do coração. Essa pesquisa avaliou mais de 13 mil pacientes de infarto agudo internados na região de Worchester. Nesse grupo a ocorrência do choque cardiogênico também vem declinando nos últimos 30 anos. Essa medida mostra o sucesso do tratamento adequado e precoce do infarto, especialmente com a utilização das técnicas de revascularização por angioplastia.
Uma surpresa, ficou por conta do número de internações por infartos, que se mantém estável e até mesmo crescendo nesse período de tempo. Uma análise mais atenta constatou que o método de diagnóstico dos infartos, com a descoberta dos marcadores de infarto no sangue é o responsável por esse efeito. A utilização do eletrocardiograma como critério único de diagnóstico passou a ser complementada pelas dosagens de enzimas no sangue e pelo ecocardiograma precoce.
Essa pesquisa, que está publicada na revista "Circulation", mostra a importância da prevenção e a organização dos serviços de atendimento de emergência cardiológica para salvarmos vidas.
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